Durante a Idade Média a Igreja foi o refúgio das letras e das artes. As invasões dos bárbaros desorganizaram a cultura romana e fizeram, em muitos casos, retroceder a ciência e as artes. Graças aos monges, em seus conventos, puderam salvar-se numerosos documentos antigos e preservar-se a cultura que chegou até nós.
Além do papel moderador exercido pela Igreja, não permitindo injustiças excessivas nas relações entre a sociedade feudal, ela estimulou, sempre que possível, a cultura em todo o território europeu.
As primeiras universidades foram fundadas pela Igreja nos tempos medievais. (Mais de 50 só no século XIV, a maioria criada e mantida pela Igreja). Entre elas destacaram-se as de Paris, Bolonha, Salamanca, Oxford, Salerno, Roma, Coimbra, Cambridge e Heidelberg. Os principais campos de especulação e estudo eram: a teologia, a filosofia, o direito, a medicina e as letras. Entre os mais notáveis vultos da época merecem ser citados: Bacon, Abelardo, São Tomás de Aquino e Santo Anselmo.
A arquitetura medieval edificou castelos, catedrais, mesquitas (islamitas) e palácios. Foram notáveis as novas formas então surgidas (o romântico e o gótico). Surgem as ogivas, as rosáceas e os arcos truncados. Entre as mais belas catedrais da época estão: Notre Dame, Reims, Colônia, Milão e Amiens.
As miniaturas, trabalhosamente executadas em manuscritos pelos frades copistas, estão entre as mais belas manifestações da pintura medieval. Além disso podem ser citados os mestres do afresco: Giotto, Cimabue e Fra Angélico.
No campo da música foram inventadas as notas da escala musical pelo monge beneditino Guido D’Arezzo. O canto Gregoriano, oficializado pela Igreja, é ainda hoje executado.
Na literatura merecem menção as “Canções de Gesta” francesas; o “Romanceiro” espanhol; o “Cancioneiro de D. Dinis” e as “Crônicas” de Fernão Lopes, em Portugal; a “Divina Comédia” de Dante Alighieri, na Itália.
Estas manifestações foram o embrião da grande explosão artística que se verificaria anos depois, principalmente na Itália – o Renascimento.