Quando reinava Tibério, Jesus Cristo foi perseguido e crucificado na Palestina, por ordem de Pôncio Pilatos, governador da Judéia.
Uma doutrina completamente distinta da imperante no mundo pagão. Ao ódio, respondia com amor. Aos pobres, oprimidos e escravos, apontava a esperança do céu. A vida material, tão importante para os pagãos, era subestimada pelos cristãos. O que valia era a vida eterna, que vinha depois da morte. Cristo era o filho de Deus, encarnado, que viera ao mundo salvar a humanidade. Só havia um deus, espiritual, que deveria ser adorado “em espírito e em verdade”.
Morto Cristo, sua doutrina espalhou-se rapidamente por todo o Império Romano. Seus apóstolos encarregaram-se de levar a “boa-nova” da salvação para toda a humanidade. Logo a fé cristã chegou a Roma.
Os convertidos cristãos, em face de sua nova religião, recusavam-se a praticar os cultos oficiais do Império. Por isso logo ficaram antipatizados e marcados. Passaram a ser acusados de todos os males que aconteciam aos romanos. No ano 64, Nero ordenou a primeira perseguição oficial do Império aos cristãos.
Nas arenas ensangüentadas dos circos, o público sádico deliciava-se com as cenas selvagens de leões devorando mulheres e crianças indefesas; amarrados nos postes como tochas humanas, iluminavam orgias; eram obrigados a lutar contra gladiadores profissionais; condenados ao extermínio, os cristãos, em vez de acabar, cresciam.
Refugiados nas catacumbas (subterrâneos usados para enterrar os mortos, em Roma), ali praticavam seu culto. Cada dia ganhavam novos adeptos. Cresciam sempre mais. Até que, após atravessar 3 séculos de perseguições, o próprio Império reconhece a pujança da nova fé.
Constantino converte-se ao Cristianismo e transforma-o em religião oficial do Estado (313 – Edito de Milão). A partir de então, os cristãos podem sair das catacumbas e edificar seus templos à superfície. E continuam a propagação da fé, transformando, com o sal do Cristianismo, a massa pagã do imenso Império Romano. E a partir daí, levam o Evangelho ao resto do mundo.
ANO
– FATO
33 – Morte de Jesus Cristo
35 – Martírio de São
Estêvão
40 – Conversão de São Paulo
42 – Perseguição de Herodes Agripa
64 – Perseguição de Nero
67 – Morte de São Pedro e São Paulo
70 – Destruição de Jerusalém
95 – Perseguição de Domiciano
110 – Perseguição de Trajano
163 – Perseguição de Marco
Aurélio
202 – Perseguição de Sétimo
Severo
235 – Perseguição de Décio
303 – Perseguição de Diocleciano
313 – Edito de Milão
325 – Concílio de Nicéia
381 – Concílio de Constantinopla
387 – Conversão de Santo Agostinho
395 – Concílio de Tessalônica
420 – Morte de São Jerônimo
430 – Morte de Santo Agostinho
431 – Concílio de Éfeso