Generalidades:
Agente antimicrobiano derivado das polimixinas E.
Informações
sobre dosagens:
A dose usual de colistin é 5 a 15mg/kg/dia oral, dividida em
3 tomadas, ou 2,5 a 5mg/kg/dia IV ou IM em duas ou quatro
aplicações.
Farmacocinética:
A absorção por via oral não
é apreciável, mas colistin é bem
absorvido por via IM. Não é metabolizado
significativamente, sendo eliminado pelos rins. O pico
sangüíneo de 5 a 7mcg/ml acontece
após 1 ou duas horas após uma dose
única. Volume de distribuição
é aproximadamente 33 litros. Tempo de meia-vida de 2 a 4
horas.
Precauções:
Nefrotoxicidade e neurotoxicicidade são os efeitos adversos
mais significativos.
Uso
clínico:
Indicado no tratamento de infecções causadas por
organismos suscetíveis às polimixinas E. Esse
agente terapêutico é altamente efetivo contra
Pseudomonas aeruginosa, no entanto, outros agentes são
preferidos antes de se usar o colistin. Como sua
absorção oral é mínima,
esse fármaco tem sido utilizado como profilático
no preparo pré-operatório (como descontaminante)
(micromedex®).
Armazenamento
e estabilidade:
O produto pode ser armazenado em temperaturas entre 15 e 30ºC
(Prod Info Coly-Mycin®M, 1996). Solução
reconstituída de colistin pode ser armazenada em
temperaturas entre 15 e 30ºC e usadas em 24 horas (Prod Info
Coly-Mycin®M, 1996).
Dosagem
para adultos:
- equivalente-unidade
1mg
de colistin puro eqüivale a 30.000UI (Kucers &
Bennett, 1987).
- oral:
a dose usual de colistin é de 5 a 15mg/kg/dia dividida em
três tomadas. Doses maiores pode ser necessárias
(Prod Info Coly-Mycin®S Oral, 1993).
-
intravenoso:
a dose usual intravenosa é de 2,5 a 5mg/kg/dia divididas em
2 ou 4 aplicações, dependendo da severidade da
infecção (Prod Info Coly-Mycin®M Oral,
1996).
-
infusão intravenosa contínua:
injeção lenta de meia-dose total
diária deve ser feita acima de 3 ou 5 minutos e a
solução remanescente do total da dose
diária pode ser diluída em salina (NaCl 0,9%;
Dextrose 5% em NaCl 0,9%, Dextrose 5% em água; Dextrose 5%
em NaCl 0,4%, Dextrose 5% em NaCl 0,225%, Ringer-Lactato ou glicose
10%. Administração por IV lenta deve se iniciar
uma a duas horas após a dose inicial (a primeira metade IV
em bolus) e se estender por 22 ou 23 horas. Em presença de
disfunção renal, a velocidade de
administração deve ser reduzida (Prod Info
Coly-Mycin®M, 1996).
-
infusão intravenosa intermitente:
para aplicação intermitente, recomenda-se o mesmo
esquema de aplicação inicial em bolus de metade
da dose diária e o restante a cada 12 horas em
aplicações com tempo superior a 3 ou 5 minutos
(Prod Info Coly-Mycin®M, 1996).
-
preparo da solução:
Cada frasco ampola (150mg) deve ser diluído em
água para injeção, dando uma
concentração de 75mg/ml. A
solução deve ser agitada cuidadosamente para
evitar a formação de espuma.
-
dose intravenosa máxima:
a dose máxima não deve exceder 5mg/kg em
pacientes com
função renal normal (Prod Info
Coly-Mycin®M, 1996).
-
dosagem IM:
dependendo da gravidade da infecção, a dose IM
usual é de 2,5 a 5mg/kg/dia, administrado em 2 ou 4
aplicações (Prod Info Coly-Mycin®M, 1996).
-
aerossol:
nebulização com colistin 1.500.000 UI
três vezes ao dia tem sido utilizado para prevenir a
recorrência de infecções
respiratórias por P. aeruginosa em pacientes HIV positivo
(Zylberberg et al, 1996).
-
uso na insuficiência renal:
doses parenterais de colistin devem ser reduzidas em pacientes com
disfunção renal devido ao prolongamento do tempo
de meia-vida e do acúmulo da droga (Prod Info
Coly-Mycin®M, 1996; Kucers & Bennett, 1987; Gibaldi
& Perrier, 1972). Pacientes com filtração
glomerular maior que 50ml/minuto devem receber 75% da dose
normal. Pacientes com filtração entre 10 e
50ml/min devem receber 50% da dose usual, enquanto os pacientes com
filtração menor que 10ml/min devem receber 25% de
dose normal de colistin (Kucers & Bennett, 1987).
-
ajuste de dose durante hemodiálise:
as polimixinas são pouco dializadas pela maioria
métodos de hemodiálise e ajustes de dosagens
não precisam ser ajustadas (Kucers & Bennett, 1987).
Uso
em pediatria:
- equivalente – unidade: idem dosagem para adulto (Kucers
& Bennett, 1987).
- oral: idem (Prod Info Coly-Mycin®S Oral, 1993; Benitz
& Tatro, 1988).
- intravenosa: idem (Benitz & Tatro, 1988).
- infusão contínua: idem (Prod Info
Coly-Mycin®M, 1996).
- preparo da solução: idem (Benitz &
Tatro, 1988).
- intramuscular: idem (Benitz & Tatro, 1988). Em neonatos, a o
regime de dose sugerido é 2,5mg/kg IM a cada 12 horas
durante a primeira semana, passando a 8 em 8 horas nas semanas
seguintes. Os neonatos devem ter a função renal
monitorada para evitar uma nefrotoxicidade (Avery, 1981).
- dose máxima: idem adulto (Prod Info Coly-Mycin®M,
1996).
- dose máxima em disfunção renal: idem
adultos (Prod Info Coly-Mycin®M, 1996; Kucers &
Bennett, 1987; Gibaldi & Perrier, 1972).
Metabólitos:
Colistimetate é o metabólito mais importante
(MacAulay & Charles, 1967).
Excreção:
- leite materno: desconhecido.
- Renal: 40% nas primeiras 8 horas (Kucers & Bennett, 1987). 65
a 75% nas 24 horas (Froman et al, 1970; MacKay & Kaye, 1964).
Pacientes com disfunção renal apresentam altos
picos séricos de colistin (Sande & Kaye, 1970).
- Tempo de meia-vida de eliminação: 1 a 4 horas
(AMA, 1990; Kucers & Bennett, 1987; Axline et al, 1967).
- Eliminação extracorporal:
- Diálise peritoneal: a remoção
é insignificante por diálise peritoneal. Kucers
& Bennett, 1987 e Greenberg & Sanford em 1967,
reportaram que em 3 pacientes avaliados, a
remoção do colistin foi de 1mg/hora e o clearence
foi de 11,3ml/minuto, em outro estudo conduzido por Greenberg &
Sanford, 1967.
Precauções:
- gravidez
- disfunção renal
- miastenia gravis
- depressão neuromuscular causada por cirurgia ou outros
traumas.
Reações
adversas:
- sangue: raros casos de leucopenia tem sido observado durante o
tratamento com colistin, mas uma relação causal
definida não tem sido estabelecida (Kucers &
Bennett, 1987).
- SNC: os sinais mais sérios de neurotoxicidade
são confusão mental, coma, psicose,
convulsões ou ataxia (Koch-Weser et al, 1970; Prod Info
Coly-Mycin(R)M, 1996; AMA, 1990).
- Efeitos endócrino-metabólicos:
porfíria induzida.
- Trato GI: transtornos gastrointestinais tem ocorrido com IM ou IV
aplicações de colistin. Náusea e
vomito são as reações mais observadas
(Kucers & Bennett, 1987). Um paciente que recebeu colistin por
dois dias desenvolveu febre e síndrome desinteriforme. Este
mesmo paciente também apresentou
ulceração retal e cólicas. A
descontinuação do uso da droga e terapia de
suporte com uso de esteróides (betametasona) reverteu os
sintomas em 15 dias (Andre, 1975).
- Renal: já relatada anteriormente. A nefrotoxicidade
aparece em cerca de 20,2% dos pacientes tratados com colistin, sendo
reversível na maioria dos casos (Randall et al, 1970; Ryan
et al, 1969; Swick et al, 1969; Brown et al, 1970; Price &
Graham, 1970; Adler & Segel, 1971). Necrose tubular aguda pode
resultar da administração de colistin sem que
seja precedida de disfunção renal progressiva. A
disfunção renal induzida por colistin pode durar
entre 1 e 2 semanas após a interrupção
do tratamento (Kucers & Bennett, 1987). Oligúria
pode ser resultante do emprego de altas doses, além daquelas
recomendadas e falência renal aguda apareceu em 14 pacientes
que receberam dose 6 vezes maior que a recomendada para tratamento de
Klebsiella spp refratária a outros antibióticos
(Kucers & Bennett, 1987).
- Fígado: ocasionalmente tem sido relatado o desenvolvimento
de hepatotoxicidade com colistin e não está
estabelecido uma relação causal definitiva
(Kucers & Bennett, 1987).
- Ocular: visão borrada pode aparecer durante o uso de
colistin, sendo revertida após
diminuição ou
descontinuação da
administração (AMA, 1990).
- Aparelho respiratório: tem sido observado
apnéia após administração
IM de colistin. Bloqueio neuromuscular (do diafragma)
induzido por colistin pode resultar em parada
respiratória (Anthony & Louis, 1966;
Decker & Fincham, 1971; Duncan, 1973; Niesel & Munch,
1974; Zauder et al, 1966; Gold & Richardson, 1965 &
1966).
- Pele: rashes, pruridos e urticária tem sido associado ao
uso de colistin (Kucers & Bennett, 1987).
- Efeitos músculo-esqueléticos: paralisia
neuromuscular por bloqueio tem sido reportado durante a
administração de colistin (Decker &
Fincham, 1971; Zauder et al, 1966; Duncan, 1973; Niesel &
Munch, 1974; Gold & Richardson, 1965 & 1966).
- Outros: ingestão acidental de altas doses pode resultar em
parestesias, tonturas, hipotonia, arreflexia, ataxia e
falência renal (Tripathi et al, 1970).
Teratogênese:
FDA: categoria B (efeito embriotóxico) (Briggs et al, 1990.
Interações
medicamentosas:
- amicacina: possível aumento no bloqueio muscular por
inibir a acetilcolina em receptor pré-sináptico e
por competir com canais de Ca2+. Efeito adverso mais significante
é a depressão respiratória.
- Capromicina: em uso concomitante com colistin, pode aumentar o
bloqueio neuromuscular.
- Cefaclor: existem algumas evidências que mostram que o uso
concomitante com colistin aumenta a nefrotoxicidade.
- Bloqueadores da despolarização neuromuscular:
tem sido observado um efeito aditivo nos efeitos neuromusculares
(Kronenfeld et al, 1986; Lindesmith et al, 1968; Fogdall &
Miller, 1974; Gebbie, 1971; Zauder et al, 1966). Uso concomitante de
colistin com pancurônio pode aumentar a depressão
respiratória.
Compatibilidade
com outras drogas para administração conjunta:
- acetilcisteína
- amicacina
- ampicilina
- ácido ascórbico
- cloranfenicol
- cimetidina
- cloxacilina
- difenidramina
- heparina
- kanamicina
- lincomicina
- meticilina (oxacilina)
- oxitetraciclina
- penicilina G sódica e potássica
- pentobarbital
- polimixina B
- ranitidina
- tetraciclina
- vitaminas do complexo B
drogas
incompatíveis:
- carbenicilina
- cefazolina
- cefalotina
- cefapirina
- clortetraciclina
- cloxacilina
- eritromicina (lactobionato)
- hidrocortisona
- kanamicina (em doses acima de 4g/l é
incompatível com
colistin em dextrose 5% em água – Trissel, 1988)
mecanismo
de ação:
colistin é uma polimixina obtida de culturas de Bacillus
colistinus, antigamente chamado de Aerobacillus colistinus.
Também é conhecido como polimixina E, sendo
estruturalmente e farmacologicamente relacionado com a polimixina B. O
colestimetato é a pró-droga que, após
absorção é hidroxilada em polimixina E
ou colistina (Hardman et al, 1996). Sua
ação é bactericida e atua como um
detergente catiônico que interage com
fosfolipídeos de membrana plasmática bacteriana
(Hardman et al, 1996; AMA, 1990; Kucers & Bennett, 1987).
Espectro
de ação:
As polimixinas são extremamente eficazes contra P.
aeruginosa, E. coli, Klebsiella spp, Enterobacter sp., Salmonella sp.,
Shigella boydi, Haemophilus influenzae, Bordetella pertussis,
Pasteurella sp e Vibrio cholera. Proteus sp, Providencia sp, Brucella e
Serrattia sp. são resistentes à colistin, que
também não é ativo contra Naeisseira
sp., bactérias gram-positivas e diversos
anaeróbios obrigatórios ou fungos (AMA, 1990;
Kucers & Bennett, 1987).
Resistência
induzida:
Resistência cruzada entre colistin e polimixina B pode
acontecer, mas não tem sido encontrada com outras classes de
antibióticos (AMA, 1990).
Sinergismo:
SMZ+TMP aumentam a atividade do colistin contra P. aeruginosa.
Também tem sido observado aumento na atividade contra
bacilos gram-negativos que são normalmente resistentes
à polimixina B.
Uso
terapêutico:
FDA:
- aprovado como preparo no pré-operatório em
cirurgias abdominais somente em adultos. Eficácia: efetivo.
- Fibrose cística infeccionada – aprovado apenas
para uso adulto como eficaz e efetivo.
- Enterite: aprovado para uso adulto e pediátrico como
eficaz e efetivo, mas com documentação pobre.
- Infecções generalizadas: aprovado para uso
adulto e
pediátrico. Documentação boa para
adultos e
crianças.
- Infecções oftálmicas: aprovado
apenas o uso adulto.
- Infecções respiratórias por P.
aeruginosa: aprovado apenas para uso adulto. Eficaz e efetivo.
- Pielonefrite: possível desenvolvimento de
superinfecção por Proteus mirabilis e
microorganimos
gram-positivos (Cox, 1970).
- Gastroenterite por Shigella sp.: aprovado tanto para uso adulto
quanto pediátrico, sendo eficaz e efetivo nos dois.
Documentação boa.
Eficácia
comparativa:
- ciprofloxacina: em estudo controlado, randomizado, 500mg de
ciprofloxacina via oral duas vezes ao dia, foi mais efetivo
que a combinação de colistin com SMZ+TMP cada 8
horas na prevenção de
infecções em pacientes leucêmicos com
granulocitopenia (Dekker et al, 1987).
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