1 A fertilização
1.1
Capacitação
dos espermatozóides
O espermatozóide sai do trato genital masculino revestido
por
glicoproteínas formadas por galactose ligada à
N-acetilglucosamina (GlcNac) que contém ou envolvem as
glicosiltransferases espermáticas e a
capacitação
do espermatozóide se dá pela
remoção do
revestimento glicoprotéico, deixando as enzimas
glicosiltransferases à mostra, o que permite ao
espermatozóide se ligar no receptor específico
que
contém N-acetilglucosamina, na membrana do
ovócito (3:44).
1.2
Reação
acrossomal
Ao encontrar o receptor, o espermatozóide liga-se a este e
libera enzimas hidrolíticas contidas em seu acrossomo,
“furando”, literalmente, a membrana do
ovócito e
ativando ou desencadeando a segunda divisão
meiótica,
pela qual o ovócito, agora contendo dentro de si a
cabeça
do espermatozóide, se transforma em óvulo e
libera o
segundo glóbulo polar. Ao penetrar no ovócito, o
espermatozóide (ou o próprio ovócito)
aciona um
mecanismo que impede a entrada de outros espermatozóides,
pois
se isso ocorresse, como por exemplo no caso de dois
espermatozóides penetrarem, ter-se-ia um
indivíduo
triplóide (3n). Embora Burns, em seu livro Genética:
uma introdução à hereditariedade
descreva
um caso de triploidia, apresentando uma fotografia do afetado, a
maioria dos geneticistas são unânimes em afirmar
que o
normal é apenas um espermatozóide fecundar o
ovócito e que o triploide é um fenômeno
quase
impossível (3:73).
2
Pareamento
dos cromossomos
O pareamento dos
cromossomos é a
fecundação, propriamente dita, pois cada
cromátide
procurará sua homóloga no cariótipo do
gameta
oposto e ligar-se-á restabelecendo novamente o
número
diplóide de cromossomos (2n). É após
esse
fenômeno que se inicia a embriogênese e nesse
momento o
óvulo se transforma em ovo ou zigoto (5).
3
Segmentação ou
clivagem
Consiste em uma série de divisões celulares
(mitoses) em
progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32, 64, 128,
256,
512, 1024, de razão ou R = 2) até formar um
aglomerado
multicelular compacto parecido com uma amora, o que dá
justamente a designação de mórula.
Cada célula formada na clivagem leva o nome de
blastômero
(5).