Conceitos e características principais
Publicado em 5 de março de
1998
Psicose é o nome dado à doença onde existe uma total desestruturação
e fragmentação da personalidade, pois, psique significa mente e ose
traduz-se por destruição.
Acredita-se que as psicoses, especialmente as endógenas, sejam
frutos da não ruptura da célula narcísica do complexo materno do
Édipo, mas as descobertas da genética, mais especificamente da
citogenética humana e da genética de populações, demonstram que as
psicoses endógenas são frutos de mutações cromossômicas ou de erros
na transcrição das informações do DNA no RNA mensageiro, onde este
recebe incorretamente os códigos daquele no que tange a codificação
e produção de determinadas enzimas ou proteínas atuantes no sistema
nervoso central.
Para verificar esta assertiva, fizemos um levantamento estatístico
em vários grupos familiares onde a psicose estava presente e
constatamos que se trata de uma herança autossômica recessiva.
Autossômica por estar vinculada a cromossomos formadores do corpo e
não predomina nem no sexo masculino nem no feminino, aparecendo nos
dois; recessiva porque só aparece em homozigose, em presença de dois
genes alelos condicionadores da anomalia.
Na psicose temos alterações profundas e importantes no pensamento,
atividade, postura e atitudes gerais. Divide-se em dois grandes
grupos: endógenas e exógenas.
Psicoses endógenas são aquelas não vinculadas a quadros orgânicos,
tendo como causa mutações gênicas onde um determinado par de alelos
mutantes determinam a codificação de proteínas que provocam
alterações no funcionamento do centro límbico e áreas conjugadas
ocasionando, além de anomalias estruturais deste, os distúrbios de
personalidade qualificados como mórbidos.