Gordofobia: o mercado bilionário da obesidade
Publicado em 26 de fevereiro de 2023
O que está na base da obesidade é a disfunção ou desequilíbrio entre
dois complexos enzimáticos.
Na obesidade, a ácido graxo sintetase, que é uma cascata de diversas
enzimas que convertem a acetilcoenzima-A que sai do ciclo de Krebs em
gordura, que se acumula nos tecidos, está desequilibrada, sobrepondo-se
ao outro complexo, que é o da HMG-CoA sintetase (hidróxi-metilglutarato
coenzima-A sintetase) que converte a mesma acetilcoenzima-A em
colesterol.
Pessoas obesas têm colesterol baixo e triacilglicerol (triglicerídeos)
muito alto enquanto os magrelos tem colesterol alto e triacilglicerol
baixo.
O desafio é descobrir um fármaco que regule esse complexo enzimático
desequilibrado.
No esquema abaixo o leitor pode perceber que qualquer alimento ingerido,
desde doces, carnes, gorduras, massas, degrada-se em um processo chamado
de catabolismo convergente (1), transformando-se em acetato e este se
ligando a uma coenzima A (acetil-CoA) e entrando no ciclo dos ácidos
tricarboxílicos, universalmente conhecido como ciclo de Krebs. Ao final
do ciclo, no qual se forma a energia “vital” e forma de moléculas de
adenosina trifosfato (ATP), a aceti-CoA que entrou sai intacta e deve
ser metabolizada e convertida em outros produtos essenciais à vida, fase
chamada de anabolismo divergente (2), no qual são reconstruídas diversas
das moléclas ingeridas e produzidas outras como por exemplo os
hormônios, vitamina K e tantas outras.
Na imagem abaixo a animação do ciclo
dos ácidos tricarboxilícoas ampliada
Quem tiver vontade de saber mais,
procure no livro “Biochemstry: a case oriented approuch”, de
Montgomery.