O que está na base da obesidade é a disfunção ou desequilíbrio entre dois complexos enzimáticos.
Na obesidade, a ácido graxo sintetase, que é uma cascata de diversas enzimas que convertem a acetilcoenzima-A que sai do ciclo de Krebs em gordura, que se acumula nos tecidos, está desequilibrada, sobrepondo-se ao outro complexo, que é o da HMG-CoA sintetase (hidróxi-metilglutarato coenzima-A sintetase) que converte a mesma acetilcoenzima-A em colesterol.
Pessoas obesas têm colesterol baixo e triacilglicerol (triglicerídeos) muito alto enquanto os magrelos tem colesterol alto e triacilglicerol baixo.
O desafio é descobrir um fármaco que regule esse complexo enzimático desequilibrado.
No esquema abaixo o leitor pode perceber que qualquer alimento ingerido, desde doces, carnes, gorduras, massas, degrada-se em um processo chamado de catabolismo convergente (1), transformando-se em acetato, que se liga a uma coenzima-A, formando a acetilcoenzima-A (acetil-CoA), entrando no ciclo dos ácidos tricarboxílicos, universalmente conhecido como ciclo de Krebs.
Ao final do ciclo, após formar a energia “vital” na forma de moléculas de adenosina trifosfato (ATP), a acetil-CoA que entrou sai intacta e deve ser metabolizada e convertida em outros produtos essenciais à vida, fase chamada de anabolismo divergente (2), no qual são reconstruídas diversas das moléclas ingeridas e produzidas outras como por exemplo os hormônios, vitamina K e tantas outras.
Na imagem abaixo a animação do ciclo dos ácidos tricarboxilícoas ampliada
Quem tiver vontade de saber mais, procure no livro “Biochemstry: a case oriented approuch”, de Montgomery.
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