Ovário

A citologia dos tumores ovarianos normalmente ocupa-se do estudo do fluido peritoneal ou aspiração com agulha fina de massas ovarianas, e aos leitores são recomendados textos nos quais o assunto é discutido, para maiores detalhes. Esta sessão ilustra os casos ocasionais nos quais o exame do esfregaço vaginal ou cervical sugere a presença provável de carcinoma ovariano.

Fragmentos de tecido dos ovários cancerosos podem passar através da trompa de Falópio e cavidade uterina para aparecer no esfregaço cervical sem disseminar para o endométrio, estando presente. Os traços característicos são o achado de fragmentos tutorais e células isoladas em um esfregaço claro sem diátese tumoral. Os fragmentos são freqüentemente moldados pela trompa de Falópio para ter uma aparência de molde. Em alguns casos corpos psamomatosos estão presentes, mas estes não são diagnosticados como podem ser vistos nos cânceres endometriais e na reação ao DIU (ver 88 e 89).

Na mulher mais velha fragmentos tumorais podem ser acompanhados por um efeito estrogênico inesperado, mas grupos de células parabasais, como vistos em um esfregaço atrófico, sem vaginite, são também comuns. Raramente é possível identificar o tipo de tumor por causa da degeneração celular e coloração borrada.

Caso 1: Cistoadenocarcinoma do ovário

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343. Fragmento papilar: esfregaço vaginal. Este campo contém um fragmento papilar, visto como canal contra um fundo de células parabasais e intermediárias pequenas. (x 160)

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344. Fluido pleural. Esta paciente tinha um derrame pleural e este campo de uma preparação do fluido é mostrado para complementação. As aparências são semelhantes, mas as células e fragmentos reuniram-se após serem suspensas no líquido. (x 160)

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345. Cistoadenocarcinoma seroso do ovário: ovário. Seguindo à cirurgia, o único tumor achado foi somente no ovário; este corte mostra um cistoadenocarcinoma papilar bem diferenciado. (H & E, x 160)

Caso 2: Adenocarcinoma mucoso do o vário


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346. Fragmento de tumor degenerado. Neste caso o fundo é similar, mas o fragmento de tumor mostra mais degeneração e foi comprimido para dar-lhe uma forma moldada. (x 125)

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347. Adenocarcinoma mucoso do ovário. Corte mostra um adenocarcinoma mucinoso pobremente diferenciado com necrose de tecido. (H & E, x 62)

Caso 3: Adenocarcinoma do ovário


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348. Fragmento de tumor. Este fragmento foi um achado eventual na rotina de esfregaço cervical feito em uma mulher de 48 anos de idade. O fragmento é visto contra um fundo de células intermediárias normais. (x 250)

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349. Adenocarcinoma de ovário: ovário. Investigação adicional não mostrou anormalidade da cérvix ou endométrio e um tumor de ovário foi achado na laparotomia. Este campo no mesmo aumento, como no esfregaço cervical, mostra um adenocarcinoma pobremente diferenciado. (H x E, x 250)

Caso 4: Adenocarcinoma do ovário


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350. Células malignas. Este exemplo difere daqueles já ilustrados em que no fundo e no esfregaço falta a aparência “nítida” dos outros casos. Além disto as células malignas formam um grupo frouxo sem a compressão previamente vista. Disseminação uterina pode ser suspeita neste caso. (x 120)

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351. Adenocarcinoma do ovário: ovário. Corte do ovário mostra um adenocarcinoma pobremente diferenciado com necrose de tecido. Não existiu evidência de disseminação para o endométrio. (H & E, x 66)

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352. Adenocarcinoma do ovário: ovário. Em aumento maior as células no tecido podem ser comparadas com as células no esfregaço. (H & E, x 132)

Caso 5: Cisto folicular

Este caso é incluído por interesse. Ocasionalmente ginecologistas encontram grandes cistos na laparoscopia ou laparotomia e enviam o fluido aspirado para citologia. Como as células da granulosa que revestem tais cistos são imaturas, a aparência poderia ser alarmante se elas não fossem vistas antes.

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353. Fluido de um cisto folicular (cortesia Dra. Hilda Harris). Lâmina de pequenas células com núcleos granulosos e margens borradas estão presentes e neste campo pelo menos uma mitose pode ser identificada. (x 250)

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354. Comparação: células esfoliadas em um corte de um cisto folicular. Este campo foi feito no mesmo aumento como a preparação do fluido. As células parecem menores por causa do método histológico de preparação, mas semelhanças podem ser reconhecidas. (x 250)
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355. Comparação: corte de células da camada granulosa de um cisto folicular. As células neste tecido podem ser comparadas com aquelas esfoliadas dentro do cisto e com aquelas na preparação citológica. Notar o contorno borrado. (H & E, x 250)

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