Não é excepcional ter alterações escamóides benignas em um adenocarcinoma do endométrio, e esta condição é chamada adenocantoma, Mais raramente o componente escamoso é também maligno e a lesão é então um carcinoma adenoescamoso. A distinção é importante por causa do prognóstico menos favorável no caso de carcinoma adenoescamoso. O diagnóstico é normalmente feito histologicamente, embora a probabilidade de um componente escamoso possa ser predita pela presença de células escamosas anormais no esfregaço. Contudo não é normalmente possível decidir se tais células escamosas são benignas ou malignas. Casos 6 e 7 ilustram este fato.
Caso 6: Carcinoma adenoescamoso do endométrio
294 Células colunares e escamosas malignas. Outros campos deste caso foram ilustrados em 273 e 275. Além disso, para células colunares malignas, notar a célula maligna maior a qual mostra diferenciação escamosa do citoplasma. (x 250)
295 Carcinoma adenoescamoso do endométrio: curetagem. Secção do endométrio mostra o componente adenoescamoso do carcinoma com células colunares malignas pobremente diferenciadas de um lado da figura. (H & E, x 250)
Caso 7: Adenoacantoma do endométrio
296 Células colunares malignas. Este campo contém um grupo de células colunares malignas com nucléolo proeminente. Há também uma célula isolada que mostra diferenciação escamosa do citoplasma; esta também apresenta irregularidades da cromatina nuclear e um nucléolo proeminente. (x 400)
297 Célula escamosa discariótica. Em aumento menor, é visto um grupo de células escamosas anormais, mas as alterações nucleares não são mais que discarióticas. (x 160)
298 Adenoacantoma do endométrio: curetagem. Corte do endométrio apresenta um adenocarcinoma com alteração escamóide benigna. (H & E, x 160)